A maioria das mães que trabalham têm um temor em comum: o fim da licença-maternidade e o retorno ao trabalho, tendo que conciliar, agora, a vida profissional com os cuidados com o bebê.
Em muitos casos, essa ansiedade e apreensão surgem antes mesmo do nascimento da criança, e algumas mulheres decidem não voltar ao trabalho por acreditarem que ninguém além delas dará conta do recado.
Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa "Licença maternidade e suas consequências no mercado de trabalho do Brasil", realizada pela FGV, metade das mulheres com a trajetória profissional analisada no estudo estava fora do mercado de trabalho 12 meses após o início da licença-maternidade.
Os motivos para a saída são inúmeros: demissão, falta de vagas em creches ou, ainda, renda insuficiente para contratar uma babá.
Abandonar o emprego envolve muitas questões, sobretudo a realização profissional da mulher e a capacidade financeira da família.
Portanto, para evitar que haja cada vez mais desistências de mães no mercado, é necessário que a mulher tome diversas medidas para lidar com o fim da licença-maternidade.
Confira algumas dicas para tornar esse momento menos sofrido e mais saudável!
1. Escolha com quem o bebê irá ficar
O grande medo das mães é: com quem vou deixar meu bebê agora que vou voltar a trabalhar? Afinal, parece que mais ninguém cuidará dele tão bem quanto você.
Mas, para dar sequência a sua vida profissional, é melhor deixar esse pensamento de lado e tomar a decisão sobre com quem o bebê irá ficar. Cada escolha irá exigir medidas diferentes.
Se decidir levá-lo para a creche ou berçário, visite algumas instituições até o fim do terceiro mês da licença. Além disso, comece a adaptação com antecedência: leve a criança para lá um mês antes do retorno ao emprego.
Se preferir uma empregada ou babá, o ideal é selecionar a profissional com um mês de antecedência, dando um tempo para que ela se adapte às rotinas e cuidados que você estabelecer.
Caso sua mãe e sua sogra tenham disponibilidade para ficar com o netinho, a adaptação também deve começar com dias de antecedência.
Comece deixando com a avó escolhida por curtos espaços de tempo e aumente a quantidade horas até chegar no tempo ideal, que corresponde à sua jornada de trabalho.
2. Continue amamentando com o fim da licença-maternidade
Voltar ao trabalho não precisa, necessariamente, significar o fim do aleitamento materno.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a lactante tem direito a dois intervalos de meia hora cada para amamentar, até que a criança complete 6 meses.
Se o local de trabalho é longe de casa ou a creche do bebê não fica próxima ao trabalho, é possível juntar estes dois períodos e diminuir o expediente em uma hora.
Lembre-se que, ao chegar em casa, você deve amamentar o máximo possível, no regime de livre demanda para garantir a produção de leite e a nutrição da criança.
3. Não tenha pressa
Outro medo de muitas mães que precisam voltar ao trabalho é não conseguir se readaptar a rotina e às mudanças que ocorreram ao longo dos quatro meses.
Mas calma! Mulheres são conhecidas por fazer várias coisas ao mesmo tempo e equilibrar várias atividades.
Você vai pegar rápido qualquer novidade do seu trabalho ou cargo - mas não precisa ficar afobada!
Se a iniciativa de uma conversa não partir de seu chefe, peça para falar com ele e pergunte sobre as mudanças que ocorreram e os projetos que tem para você.
Também vale a pena marcar almoços e outros encontros com seus colegas para se reintegrar e ficar por dentro das novidades.
Mas fique de olho no horário, hein? Antes você não tinha hora para voltar para casa, agora vai ter sempre alguém esperando por você.
4. Divida as tarefas com seu parceiro e/ou outros familiares
Com o fim da licença-maternidade, não se desespere para fazer tudo sozinha, está bem?
Lembre-se de recorrer à sua rede de apoio: isso envolve sua mãe, sua sogra, irmãos e, é claro, seu companheiro, se tiver.
Principalmente nos primeiros meses de readaptação ao trabalho, chame seu companheiro ou alguém da família para ajudar. Delegue.
Além disso, tenha em casa lista de telefones úteis e de delivery: supermercados, farmácias, restaurantes e mais. Eles podem ser uma mão na roda nos dias mais cheios!
5. Verifique se você tem condições emocionais de voltar ao trabalho
O fim da licença-maternidade não irá afetar só o bebê, mas principalmente você e, na maioria das vezes, sua saúde emocional.
Verifique, no entanto, se o seu baque emocional está intenso e se afetará a sua rotina no trabalho e o relacionamento com o bebê.
Em alguns casos, com o fim da licença-maternidade, você pode preferir pedir demissão. Mas, se este for seu caso, não faça com que isso seja uma desistência da sua vida profissional. Às vezes você só precisa de um tempo para se reconstruir.
Além disso, buscar uma um psicólogo pode te auxiliar a superar os picos emocionais dessa fase repleta de mudanças.
Por fim, entenda que o fim da licença-maternidade não é o fim do mundo. Com organização, planejamento e apoio familiar, essa transição pode ser mais fácil do que você imagina.
Agora que você já sabe como lidar com o fim da licença-maternidade, que tal oferecer essas dicas para outras mães? Compartilhe esse artigo nas suas redes sociais!